Eu sou uma ótima companhia.Vai,diz pra eles solidão.
- Querido John
Levi Drummond P. O. V
Tinha indo ao Karaokê da cidade. Meu celular tinha
descarregado e acabei saindo sem avisa aonde me encontraria. Mamãe detestava
isso. Então, acabou que nem me preocupei de comunicar.
Mas o motivo de eu estar ali era a garota nova do bairro. Seu
nome era Melanie, mas todos a chamava de Mel. Dê cabelos castanhos com uma
avelã, seus olhos se pareciam com duas bolinhas de gudes cor castanhas, mas o
que me fascinava eram seus lábios carnudos entreabertos em um sorriso cativante,
com seu jeito doce e delicado.
Ela se encontrava em uma mesa, com algumas amigas. Fazia
algumas semanas que desejava conversar com ela, mas a insegurança e a timidez
eram maiores que a vontade. Tomei um gole de refrigerante e foi direção.
Respirei fundo e aproveite que suas amigas saíram para dançar.
Eu: Oi
Ela: Olá – sorriu gentilmente –
Eu: Faz algum tempo que eu queria conversa com você. Mas
sempre que nos encontramos está acompanhada de suas amigas. – Na cara de pau –
Ela: Elas não são minhas amigas.
Eu: Não? – franzi as sobrancelhas –
Ela: E sim minhas irmãs. – gargalhou –
Eu: Nossa, sabe que nem reparei.
Ela: Não tem problema.
Eu: Posso me sentar? – apontei para o lugar vago –
Ela: Claro, fique a vontade. – disse apoiando seus cotovelos
a mesa –
Eu: Você é uma garota muito legal, por nem conhecer
conversou comigo educadamente e ainda permitiu que sentasse ao seu lado.
Ela: É que notei que você é boa gente. E também o que
poderia fazer comigo em meio a tanta gente.
Eu: Uma lógica – Sorri –
Ela: – Ela retribuiu o sorriso–
Eu: Você é minha vizinha. Deve ser parente da Mr. Áureel.
Ela: Sim, ela é minha tia irmã de minha falecida mãe.
Eu: Soube que você veio para cá por sua mãe ter morrido.
Ela: Sim, minha tia era nossa única parenta. Meu pai fugiu
com outra quando eu ainda tinha meus 12 anos. E também os parentes de meu pai
moram em São Paulo, Brasil.
Eu: Meus avôs paternos moram lá. Sento tantas saudades.
Ela: Ainda não teve oportunidade de visita-los?
Eu: Minhas irmãs Madison e Sarah nasceram lá. E eu,
Katherine e Charllotte por aqui mesmo. Moramos alguns anos até que Sarah
completasse dois anos. E com falecimento de meu pai abalou muito minha família.
É difícil retorna ao Brasil, lá me traz muitas lembranças.
Ela: Nossa, sinto muito.
Eu: Tudo bem, já faz cinco anos que ele se foi.
Ela: Eu e minhas irmãs morávamos com minha mãe em Atlantas.
E no começo deste ano ela veio a falecer por causa de uma doença rara. Foi
quando Tia Laura nos buscou para morarmos com ela. Foi difícil em acostumar com
a ideia, além disso, eu era apegada a ela.
Eu: Posso imaginar a falta. Não me conformava que meu
poderia estar morto. Eu achava que estavam brincando comigo ou talvez passando
um trote. Em ver minha mãe chorando sem parar, minhas irmãs e minha avó que já
tinha perdido meu tio e agora outro. Eu teria de assumir o lugar “homem da
casa” – fiz aspas com meus dedos – Era difícil e ainda continua.
Mercedes: Precisamos ir, Melanie. –chegando à mesa com um
copo de bebida em sua mão–
Ela: Mercedes este é Levi e Levi está é Mercedes,filha irmã
mais velha – nos cumprimentamos –
Elas eram quatro irmãs. Mercedes a mais velha, Morgan a
segunda mais velha, Marie a terceira e por ultimo Melanie. Todas começadas com
M. Por a mãe achar que está letra poderia trazer sorte a filhas.
Ela: Agora tenho que ir, foi muito bom conversar com você e
fazer um amigo por aqui. Espero que nos encontrássemos mais vezes,
principalmente, por morarmos tão pertos.
Eu: O prazer foi todo meu, foi mesmo bom conversarmos e fiquei
feliz em saber que temos quase coisas em comum. Também espero que possamos
encontrar por aí.
Perdi seu celular e passei o meu. Assim, que elas saíram,
despedi dos meus amigos e foi até o estacionamento para pegar o carro.Aquela tinha sido...incrível - pelo menos pra mim - Agora eu só queria voltar para casa, me deitar e pensar em Melanie.
~*~